Um conto que se passa em um mundo bem maior, baseado na observação recortada de pessoas por um olhar Lúdico regado à amores Vintage que não cabem em mim... I's sem pingos, advérbios de tempos confusos, pretéritos imperfeitos e verbos intransitivos, redundâncias, aliterações e metáforas que tranformam o rascunho em poesia e as reticências sempre estarão lá...
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Ritos
Vamos cair na real, depois de amanhã é ano novo... e dai?
E dai que todo mundo tem alguma coisa legal pra fazer meia noite?
Todos os dias tem meia noite, a de amanhã é só mais uma.
E depois de qualquer meia noite começa outro dia.
E depois de qualquer meia noite do dia 31 vem um dia 1°.
1° de Janeiro é só mais um 1°.
E essa parada de reiveillon, ano novo, é bem cafona, todo ano é a mesma coisa, todo ano chove.
Todo ano a gente acha que vai melhorar e todo ano passa do mesmo jeito e a gente ainda sai mais velho.
Todo ano a gente conhece gente, desconhece também.
Todo ano a gente dá valor e não recebe o mesmo.
Todo ano a gente trabalha pensando nas férias, e elas quando chegam também são sempre a mesma monotonia de sempre.
Todo ano somos esquecidos, não fazemos falta nenhuma.
Todo ano a gente sua e chora.
Todo ano morre gente que não é eu.
Todo ano passa sem que eu veja o Mar.
Todo ano é a mesma droga.
O pior é que a esperança sempre está presente. Eu, por exemplo, espero ser poupada de todas essas idiotices no ano que vem.
Sem bju da Lis* Hj
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Mais uma vez tu disse tudo abeia.
ResponderExcluirA esperança sempre tá presente e mesmo assim o ano novo acaba sempre sendo igual ao velho.
E isso me dói.
"Todo ano a gente dá valor e não recebe o mesmo." ;/