Um conto que se passa em um mundo bem maior, baseado na observação recortada de pessoas por um olhar Lúdico regado à amores Vintage que não cabem em mim... I's sem pingos, advérbios de tempos confusos, pretéritos imperfeitos e verbos intransitivos, redundâncias, aliterações e metáforas que tranformam o rascunho em poesia e as reticências sempre estarão lá...
terça-feira, 2 de junho de 2009
Futuro do pretérito - as vezes perfeito, as vezes não
Tem certos momentos em que a gente percebe o quanto somos ricos em perfeição.
Se Deus nos fez a sua imagem e semelhança, logo, se tão parecidos com Ele, temos dentro de nós mesmos tudo o que precisamos.
Quando eu fico assim comigo, me dou conta do quanto sou importante pra mim, e posso me contentar com a minha própria pessoa, rsrs
Eu poderia até te chamar pra tomar uma sopa hoje a noite, tá tão frio.
Mas não. Eu posso cozinhar com todo apreço do mundo pra mim mesma.
Quantas vezes eu já te convidei e você não veio.
Eu nunca me dou bolo.
Talvez eu quizesse dividir o edredon contigo no sofá da sala. Mas comigo mesma o espaço fica mais confortável.
Até que seria divertido se a gente assistisse juntos o filme que vai passar na TV. Mas eu ficaria te olhando, te olhando...e não prestaria atenção direito na história.
A gente talvez pudesse conversar sobre o nosso dia e sobre as nossas coisas.
Pra quê?
Ninguém melhor que eu pra me entender, se preocupar comigo e me dar atenção.
Por um minuto talvez eu imaginasse a gente dormindo de conchinha. Eu sentindo a sua respiração e o seu coração. Mas o cochão é pequeno né e você bagunça o cobertor.
Quem sabe eu te beijasse, te abraçasse e a gente comesse brigadeiro, fizesse uma guerra de almofadas e se matasse de cócegas.
Ah mas eu dou conta de manda pra dentro uma panelada de doce e de rir das minhas próprias caretas no espelho.
Pode parecer triste pra quem lê, mas nem é mais tanto assim.
Quando eu não me sinto muito bem e dá uma vontadezinha de chorar, eu me faço companhia, me escuto...é eu falo comigo.E ai vai indo...indo...até que passa.
Você não liga muito quando eu tô pra baixo néh, mas eu nunca me abandono.
Seja lá qual for meu humor.
Talvez eu tenha me cansado de ouvir aquele som do telefone chamando, chamando...e você não atender; de querer te contar as minhas milhares de coisas e você não querer saber. Cansado de me interessar pelas coisas que você nunca quiz me contar.
Na verdade eu nem me cansei tanto, mas o mundo, a boa educação e o tolerável me cobram um cansaço que nunca chega ao limite.
Não é o que eu realmente queria, mas posso me dar o carinho que as vezes eu preciso e sei que a minha companhia sempre é sinsera para comigo.
Talvez, quando eu achasse que o texto tivesse acabado o telefone tocasse e fosse você.
Quem sabe depois de ouvir tudo isso as minhas palavras martelassem um pouco na sua mente e te deixasse pensando no que realmente eu estava querendo dizer com tudo aquilo.
E então você poderia aparecer pra divir o edredon, assistir o filme, me abraçar.
Talvez você pensasse mil coisas sobre o que sente ou não sente, mas não me dissesse nada.
E ai o dia poderia amanhecer e eu acordaria de mais um dos sonhos que vivo.
Tudo voltaria ao normal.
Eu na minha própria companhia. Você não sentindo ou escondendo o que sente.
Mas me escute agora.
Eu sou forte, eu me faço companhia, eu entendo ou não alguns poucos sinais, alguns vestígios de um coração de verdade.
Mas é bom que me lembre, nem que seja de vez enquando, que você gosta de mim.
E se realmente for assim, não me deixe esquecer.
Bju da Lis* Perfeito ou imperfeito? Já não sei mais...
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