terça-feira, 27 de outubro de 2009

AutoBioGrafia



Vinte e dois anos mais tarde...(mas não conte pra ninguém tah?!)
Acho que o que eu aprendi de mais valioso é que não adianta eu tentar, nunca vou conseguir ser igual as outras pessoas. Eu nunca vou ser comum, nunca vou fazer o que todo mundo faz...
Sempre que tentei ir com o bonde, me frustei.

Eu ganho presente todos os dias.
E existem dias em que eu peço pra viver mais uns cem anos, e em outros eu acabaria com tudo se fosse mais forte, ou mais fraca não sei.

Eu ainda adoro pessoas. Muitas passam, se achegam e se afastam, mas levo sempre todas no meu coração.
Mesmo que não nos falemos tanto, mesmo que seja dificil um encontro.
Todas estão no meu tesouro de perolas de lembranças.

As vezes eu gosto do que faço, as vezes quero fazer outra coisa.
Tem horas que me desespero pensando no que eu devo fazer da minha vida e em outras eu deixo isso pra depois.

Eu aprendi a me irritar, a não concordar, a ser grossa as vezes, a perder a paciência...e isso é bom.

Eu sei que eu tenho algo muito grande a cumprir e a cada dia eu cumpro um pouquinho a mais.

Eu tenho amores de tantos jeitos, tantas caras, tantas cores...

Que mal cabem em mim... transbordam sempre.

O apego pra mim talvez seja relativo.

Eu falho, falho muito, as vezes eu acerto.
Eu faço o que eu tenho vontade, mas nem sempre.

A minha mente contem tantos labirintos, e as vezes me esforço pra desvendar seus misterios, as vezes faço as coisas e prefiro não pensar.

Eu sempre vou amar as coisas e as pessoas simples.
Eu sempre vou amar o verão e o som das cigarras.

Eu nasci artista.
Sou bem mais que um pedaço de carne...
bem mais que os meus vinte e poucos anos.
E o meu mundo é bem maior.


Bju da Lis*

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Thanks




Deusinhooo, obrigada por me iluminar na prova do vestiba!!!!
Por me escolher pro seu plano grandioso!
Por me capacitar!

Que tudo sempre seja para a glória do Teu nome!

Amem






Bju da Lis* indo pra Curita

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um pouco de-es-se-Tudo


PASSAGEM DAS HORAS

Álvaro de Campos

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,

Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando [...]

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.


[...]

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

[...]

Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.


[...]

Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.

[...]

Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.

[...]

Sentir tudo de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero contradizendo-se a cada minuto,
Desagradar a si próprio pela plena liberalidade de espírito,
E amar as coisas como Deus.



Bju da Lis* e salve o modernismo

sábado, 3 de outubro de 2009

Rascunho


Com o tempo a gente amadurece, mesmo que não perca a meninice e as criancisses que de vez enquando e quando em vez salta numa atitude, numa fala infantil.

A madurice torna a nossa alma uma casca de laranja. A gente vai aprendendo e vai se enchendo de furinhos. Quando em corte, lança sumo no ar. Sumo arde os olhos, e as vezes é amargo.

Existem cascas de laranja que dão doces tão gostosos...

A madurice as vezes é triste, talvez pq eu queira ou pq eu deixe que ela seja.
Mas também é de se encher de orgulho.

Com o tempo a gente vê que talvez seja verdade que a vida é uma viagem. Da janela eu vejo as coisas passando e tudo sempre vai passar.

Das veiz a gente entende a dicotomia da presença e da ausência. A gente entende que saudade, além de não se traduzir, também não se cobra. Que presença e importância não se impõe.

Quanto mais a gente aprende parece que menos sabemos.

Existem coisas dificeis de dizer, coisas que é mais facil escrever, coisas que apenas devem ser sentidas.

Existem coisas que a gente escreve e que não faz sentido.

Salve os revolucionarios da literatura modernista, que defendiam a liberdade de se escrever o que lhe vinham à cabeça.




kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Isso era um rascunho q eu escrevi correndo e achei q só tinha salvo, e não postado...
Q abeia q eu sou, mas ja q ta ai então q fique neh rsrsrsrsr


Bju da Lis* Abeiona mesmo