terça-feira, 16 de março de 2010

Surto fashionista



Hoje tive um surto fashionista.
Sim, lendo a vogue desse mês eu parei pra pensar em como é mágico viver a moda.

Ter uma idéia, fazer um desenho e ver aquilo virar realidade sabendo o porque se faz e como se faz é completamente mágico.

Vai saber se eu não quero mesmo fazer isso né?!

E se eu quizer mesmo ser atriz com certeza criarei um dia uma marca.
Já pensou uma loja com a minha cara?
Uma mistura de favela, luxo, dança, bossa e tantas outras coisas.


Moda é tanta coisa junta. Tanta coisa que se pensa e que se faz e que se age.

E ai parece que eu sei tão delimitadamente do que eu gosto que fica dificil delimitar o que fazer na vida.

Psicologia, dramaturgia, Moda.
É tudo junto. Tudo um só.

É o que eu mais sou.
E mais uma vez me sinto feliz por ser coerente com os meus motivos no mundo.

Veremos!




Bju da Lis* Bacharel em Moda rsrs

Sopro sobre a saudade


Tanto já se disse sobre a saudade. E tanto eu já a senti.
Mas agora ela tá tão diferente.
Hoje fez um mês que eu tô aqui e já faz mais de um mês que a gente não se vê.

Quando a gente ficava 2 ou 3 dias sem se ver eu sentia saudade, mas dessa bitela aqui eu acho que nunca tinha sentido.
As vezes eu tento não dar atenção a ela, porque eu lembro que ainda falta mais de um mês pra gente se ver.
Então é melhor reverter e pensar "só falta um mês".

Eu fico pensando se você ainda lembra do meu rosto, se tem alguma imagem minha no seu pensamento.
Lembra quando você falava pra eu parar de te olhar?
Eu tenho todas aquelas imagens suas arquivadas na minha memória.

Quando eu fecho os olhos, posso sentir cada pedacinho do seu rosto nas minhas mãos.
E quando me deito pra dormir, sinto seus pés nos meus.
Eu posso ouvir a sua respiração, sentir o seu coração como se você tivesse aqui mesmo do meu lado.

Ai eu fico me lembrando de tantas coisas que a gente passou e viveu junto e sinto tanta falta dessas tantas coisas. Mas o que é mais dificil é pensar no nosso abraço.
Em alguns momentos, é a lembrança e o anseio por ele que me ajudam a me levantar em mais um dia.

Me questiono em como se mede a saudade. Porque dizer que ela tá grande, gigante ou imensa, parece tão pouco.
Ela anda sempre junto com o tempo e a distância. E tudo isso junto deixa a gente meio louco.
Parece que os sentidos são tomados por uma fumaça, uma neblina que embaça aquele gosto que se quer sentir outra vez, aquele cheiro que se queria aqui e agora. E também confunde a noção do espaço que o outro corpo ocupava no abraço.

Saudade é uma coisa estranha. Deve ser por isso que dizem que não tem tradução.
Se uma pessoa comum já está sempre a mercê dela, imagina eu, com meus mil corações.





Bju da Lis*

segunda-feira, 15 de março de 2010

About books



Eu comentei com vocês, ou pelo menos com quem lê o "Uma abeia na capital", que eu tinha comprado o livro "O poder curativo do amor" do Dr. Joseph Murphy.
E é incrivel como eu precisava ler as coisas que eu tô lendo.
Porque eu já tinha lido "O poder do subconsciente" do mesmo autor, mas embora essas paradas sempre me interessassem, o livro era muito frio e não conseguia prender minha atenção.
Mas esse é tão bom. E ele fala tanto de Deus como fonte de toda a energia que move o mundo.
Ai eu separei algumas partes pra compartilhar com vocês.


"Todos os homens desejam ser bons, fazer o bem e expressar-se bem, porquanto sua natureza é divina. Deus está em todos os homens procurando expressar-se a Si Mesmo através deles. Todo homem é uma encarnação de Deus, e quando vocês tem o desejo de serem maiores do que são, é Deus que está buscando expressar esse conceito ou impulso através de vocês."

"Desviem-se do passado e se desliguem completamente do seu antigo modo de vida. Mental e emocionalmente unam-se ao seu objetivo, que é paz, dignidade, felicidade e liberdade. Assim que o façam, Deus e Sua Glória corresponderão de imediato. Vocês encontrarão uma onda de paz movendo-se sobre as áreas áridas de sua mente  como orvalho do Céu, e as sombras do medo e da culpa se extinguirão. Assim que cessarem de se condenar a si mesmos, perceberão que de nenhum modo pode o mundo condená-los."

E olha isso...

"O namorador costumaz tem um profundo complexo de inferioridade e se sente inseguro, e todas as mulheres que encontra são hesitantes, neuróticas e confusas como ele mesmo. Ele está vendo e ouvindo suas próprias vibrações interiores. 'Pessoas da mesma classe se juntam. 'Cara de um, focinho de outro' ".

Chupa essa manga... kkk


Tem mais grifado aqui... com o tempo vou compartilhando


Bju da Lis* com Luz*

quinta-feira, 11 de março de 2010

Falta



Sabe o que molha meu óculos de brechó no bus lotado de fim de tarde?

A saudade dos dias em que eu voltava do trampo morrida de cansaço e de repente tocava o interfone aquele abraço que me curava de todas as dores do mundo.
E ai a gente ria e conversava, e a minha mão era segurada, e eu tinha um rosto pra tocar.
Havia um sorriso branco e engraçado, um carinho estranho.
Havia um coração escondido do outro lado.

Havia um tudo que só eu via.
Saudade do meu abraço, da minha concha, daquela preta...
Ah que saudade da minha preta...



Bju da lis* molhando os óculos nos fins de tarde.

segunda-feira, 8 de março de 2010

É cega


Eu não acho justo não.
Essa vida é assim. As pessoas aparecem tomam nosso tempo, conquistam nossa confiança e o nosso afeto, e um dia de repente, não mais que de repente elas dão um salto pro lado de lá.

Eu não acho justo a falta de perdão, a falta de empatia, muito menos a falta de amor.
Muito, muito menos mesmo a negligência do amor.
Porque a gente negligencia tantas coisas, tantas palavras, tantos momentos, e no meio disso tudo estão as pessoas.
E um dia de repente nós nos vemos aos pedaços.

Bom mesmo seria se soubessemos de todas as coisas, se qualquer gesto pudesse ser medido antes de acontecer. Aí então tantas coisas seriam evitadas. Tantas lágrimas deixariam de cair.

Enquanto eu ainda não consigo prever o futuro, embora tenha muita fé nas coisas que acontecerão, eu erro.
É, eu erro bastante, e bastante com as pessoas, geralmente com aquelas que eu mais amo, porque são essas que são mais próximas e que conhecem as minhas misérias.

E quando eu erro, sempre tenho a esperança de um dia poder ser perdoada ou ao menos compreendida.
Não, eu não acho justo sempre pedir desculpas, mas também não é justo deixar o rancor envenenar nosso coração, nossa história.

As vezes fica muito claro o tamanho da nossa humanidade. O quanto somos frágeis e nos deixamos levar por um segundo de pólvora de raiva.
São aquelas coisas todas de sequestros emocionais que ocorem no nosso sistema limbico.

Não acho justo mesmo sabe... e lhes digo de coração, que é muito triste magoar quem se ama, e mais triste ainda é magoar outra vez.
Mas o amor de tão grande continua seu caminho, meio manco, de muletas, pulando num pé só.

Existem coisas que não são justas, mas nós fazemos, e as vezes é sem querer... e nunca tem volta, mas as vezes somos perdoados, outras não...



Bju da Lis*

domingo, 7 de março de 2010

Morrer de Amor



{...} Eles pareciam saber que quando o amor era grande demais e quando um não podia viver sem o outro, esse amor não era mais aplicável: nem a pessoa amada tinha capacidade de receber tanto. Lóri estava perplexa ao notar que mesmo no amor tinha-se que ter bom senso e senso de medida. Por um instante, como se tivessem combinado, ele beijou sua mão, humanizando-se. Pois havia o perigo de, por assim dizer, morrer de amor.
 
 
 
De Clarice Lispector em: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
 
 
Bju da Lis*