sexta-feira, 17 de julho de 2009

Do lado avesso do peito...dentro do coração


Quando digo o que sou de alguma forma eu o faço para também dizer o que não sou. O "não ser está no avesso do ser, assim como um tecido só é um tecido porque ha um avesso que o nega, não sendo outro, mas complementando-o". O que não sou também é uma forma de ser. Eu sou eu e meus avessos.


Pe. Fabio de Melo


O direito? O avesso? Quem sabe ao certo?!
O coração já fica do lado esquerdo do peito, já veio na contra-mão.
O direito não lhe cai muito bem.
Meus amores, além de morarem no lado esquerdo, ocupam o avesso, o revés...
Parece que todo mundo vai enquanto eu venho.
Eu sempre vejo as pessoas pelos seus rostos pq sempre estamos indo pra lados contrarios.
Não tem mão dupla, creio eu.
Nem acostamento, muito menos placas de sinalização.
Bem podia encontrar pelo caminho avisos do tipo "Proibido olhar muito", "Cuidado! Ilusão a 100 m", e a classica "PARE".
Mas não...não existe um codigo que organize o trafego nos corações.
É sentimento que corre, que voa, que empaca no meio de tudo, que quebra e causa congestionamentos...é uma bagunça.
Ahhh e o lado avesso as vezes é até mais bonito que o direito. As vezes é mais colorido e tem até estampa que vaza pro outro lado.
O avesso é o oficio, o sacrificio.
Tantos motivos lindos do lado direito...que não seriam nada sem o trabalho do avesso que os mantêm.
É, é o avesso, o desconcertado, o irregular, o insano diria eu, que mantem os seus contrários.
A negação que mantem a ação, a sua perfeição.
Por isso que eu digo que gente perfeita é gente que tem defeitos. Aqueles defeitos lindos de se ver, que tornam as pessoas tão pessoas, tão humanas. Perfeitas.
E é assim que é, do lado esquerdo do peito no avesso do coração.
As minhas contradições e negações, o que eu sou e o que deixo de ser e deixar de ser já é ser algo que é diferente do que se era.
Virar-se em avesso pode doer.
Trafegar embriagado por sentimentos pode causar acidentes.
Pode? Não é regra. Não existem regras, apenas eu e minhas contradições.




Bju da Lis
Ps:ta dificl passar por aqui, bloquearam meu acesso no trampo, rsrsrsr
Mas sempre que der apareço...

3 comentários:

  1. ahhhhhhhhh como eu amo o jeito q tu escreve *-* a simplicidade e o jeito puro qnd fala das pessoas (dos defeitos q as tornam tão perfeitas)..

    bahh tu pode escrever um livro pq jah tem uma fã =p

    adoro trem ..bjuh

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  2. RÁ!!! soh lí 1 linha por enqnt.. "bloquearam meu acesso no trampo"

    hahaiuahiuahiuahiuahiahihaihauihauih

    EURI galoes

    ps: aZoiK aki... invasao d privacidade MESMO

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  3. Uma amizade sincera – trecho Lispector, interferências siq. O momento pede.

    Não é que fôssemos amigos de longa data. ( 4 anos – Mao sei se é muito). Desde esse momento estávamos juntos a qualquer hora. Há tanto tempo precisávamos de um amigo que nada havia que não confiássemos um ao outro. Chegamos a um ponto de amizade que não podíamos mais guardar um pensamento: um telefonava logo ao outro, marcando encontro imediato. Depois da conversa, sentíamo-nos tão contentes como se nos tivéssemos presenteado a nós mesmos. Esse estado de comunicação contínua chegou a tal exaltação que, no dia em que nada tínhamos a nos confiar, procurávamos com alguma aflição um assunto. Só que o assunto havia de ser grave, pois em qualquer um não caberia a veemência de uma sinceridade pela primeira vez experimentada.
    Já nesse tempo apareceram os primeiros sinais de perturbação entre nós. Às vezes um telefonava, encontrávamo-nos, e nada tínhamos a nos dizer.( por que quando está bem, parece que se sente e não se fala.)
    Queríamos tanto salvar o outro. Amizade é matéria de salvação.
    É verdade que houve uma pausa no curso das coisas, uma trégua que nos deu mais esperanças do que em realidade caberia.
    E sabíamos também que éramos amigos. Amigos sinceros.( e isso logo me basta, já que quando chegamos ao ponto de amigos irmãos, falamos o que o outro quer ou não ouvir, a proximidade é grande, que agora – com o amadurecimento de tudo – não é preciso sermos luluzinha, e ficar a todo momento juntas, afinal sabemos que um tem a outra e isso é mais que bom, o ruim é não se sentir incomodada com o que acontece, mesmo que não fale, é gritante e me chega fácil a sensação que não está tudo bem e espero que esteja o mais breve possível, por que é valido esse culto interno – o se conhecer, o se deixar sofrer... mas é necessário também que seja breve para que não se acostume com tal momento).
    Eu lhe amo arigó, a siq, a cá é a mesma – com menos tempo, sim é vero, mas com é a cá, que tem tempo p vc – só chamar, sem forçar – reflita sozinha.
    Eu acho que a gente pensa que muda, mas é a mesma coisa...vamos dominar o mundo.
    bj

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