segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estranho seria... e é


É estranho ficar aqui sozinha, parece perda de tempo.
Porque não estar com alguém por não existir nenhuma forma de estar, é uma coisa, mas quando há maneiras de estar junto e não acontece isso, parece que se perde tempo.

É estranho também pensar em não voltar mais pra esse apartamento, em não andar mais por essas ruas e não ir mais a esses lugares.

É estranho ficar mais que 2 ou 3 dias na casa dos meus pais. É até legal passar umas duas semanas lá quando dá uma saudade daqui e eu sei que vou voltar, mas dessa vez eu não vou voltar.

Dá medo sabe... algum sinal de humanidade haveria de ter não é!
E a fraqueza é o medo.

Eu sei exatamente onde eu devo chegar e eu sei que não serei levada por um mar de rosas, e nem queria que fosse, porque coisas sólidas não se constrói com muita facilidade e pouco tempo.

Ter que vender o almoço pra comprar a janta, andar de sapato furado, são coisas que fragilizam o corpo.
Dificuldades mesmo, são aquelas coisas que nos fragilizam o coração.

Eu não tenho medo de passar fome ou frio por uns tempos. O futuro parece não me assustar, mas o que me apavora é a possibilidade de que as coisas se tornem passado.

É um apego né...

E é contraditório porque existem coisas tão claras e ímpetos, vozes que me sopram aos ouvidos... "Vá!"...
E eu vou, e parece fácil ir. O que não é fácil é carregar a sensação de deixar.

Tantas coisas são estranhas, mas é bom sentir.
Sentir parece capturar o mover da alma, é toda a cinestesia da essência.
E é assim que eu aprendo, sempre foi.
Absorvendo pelo envolvimento, usando todas as possibilidades que os sentidos permitem.

Ainda existem muitas coisas estranhas e muito a dizer.
Começa a ultima semana aqui cheia de expectativas, de dores e de alegrias, e de saudades precoces...

Mas agora eu preciso reencontrar o meu sono.


Bju da Lis* em 14/12/2009 as 2:23 da manhã

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