terça-feira, 16 de março de 2010

Sopro sobre a saudade


Tanto já se disse sobre a saudade. E tanto eu já a senti.
Mas agora ela tá tão diferente.
Hoje fez um mês que eu tô aqui e já faz mais de um mês que a gente não se vê.

Quando a gente ficava 2 ou 3 dias sem se ver eu sentia saudade, mas dessa bitela aqui eu acho que nunca tinha sentido.
As vezes eu tento não dar atenção a ela, porque eu lembro que ainda falta mais de um mês pra gente se ver.
Então é melhor reverter e pensar "só falta um mês".

Eu fico pensando se você ainda lembra do meu rosto, se tem alguma imagem minha no seu pensamento.
Lembra quando você falava pra eu parar de te olhar?
Eu tenho todas aquelas imagens suas arquivadas na minha memória.

Quando eu fecho os olhos, posso sentir cada pedacinho do seu rosto nas minhas mãos.
E quando me deito pra dormir, sinto seus pés nos meus.
Eu posso ouvir a sua respiração, sentir o seu coração como se você tivesse aqui mesmo do meu lado.

Ai eu fico me lembrando de tantas coisas que a gente passou e viveu junto e sinto tanta falta dessas tantas coisas. Mas o que é mais dificil é pensar no nosso abraço.
Em alguns momentos, é a lembrança e o anseio por ele que me ajudam a me levantar em mais um dia.

Me questiono em como se mede a saudade. Porque dizer que ela tá grande, gigante ou imensa, parece tão pouco.
Ela anda sempre junto com o tempo e a distância. E tudo isso junto deixa a gente meio louco.
Parece que os sentidos são tomados por uma fumaça, uma neblina que embaça aquele gosto que se quer sentir outra vez, aquele cheiro que se queria aqui e agora. E também confunde a noção do espaço que o outro corpo ocupava no abraço.

Saudade é uma coisa estranha. Deve ser por isso que dizem que não tem tradução.
Se uma pessoa comum já está sempre a mercê dela, imagina eu, com meus mil corações.





Bju da Lis*

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