terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eu gosto de livros.

Eu gosto de livros.




De livrarias, de bibliotecas, de sebos.
É tão mágico entrar em um lugar cheio de livros.
Eu me perco olhando os títulos, os nomes dos autores, as contracapas, as orelhas...

Cada história saiu da cabeça de alguém, num processo tão pessoal que faz isso ser incrível.
Pessoas pensaram coisas e escreveram. Livros são tentativas de materializar o imaterializável.
E essa essência dá um quê de sublime a qualquer livro grotesco.

Digo tentativas porque creio na dificuldade de equiparar as palavras aos sentimentos, às sensações.
Pessoas, na tentativa de materializar o que há de imaterializável em si, tocam outras pessoas. Fazem com que outras histórias se idenfiquem com as suas. Criam assim uma corrente.

Eu passaria dias dentro de uma livraria.
Uma das melhores sensações do mundo é a de adquirir livros.
Me atrevo a dizer que é até melhor que os ler.
Quando eu encontro um livro que me desperta o interesse é como se ali estivesse a possibilidade da minha salvação.
E aí quando acabo de ler, vejo que preciso de outra salvação, e depois outra e outra.

Existem tantas palavras que eu ainda não li e não conheço.
Talvez um dia, quando eu acabar de ler todas as palavras de todos os livros salva-vidas do mundo, encontre aquelas exatas que definam e materializem as coisas que se emaranham dentro de mim sem saber o que são nem a maneira certa de sair.


É, eu gosto de livros.

Só pra constar, ontem eu voltei pra casa com uma sacolinha que continha...
Eu sei que vou te amar - Arnaldo Jabor
O silêncio dos amantes - Lya Luft
Lucíola - José de Alencar

E a sensação de que seria salva.

Bju da Lis*

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