quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eu amo é a mãe


Eu amo é a mãe!!

Sim. Mas não somente neh, rsrsr
As vezes a gente para pra pensar sobre uma forma certa de amar de verdade.
Porque primordialmente e diplomaticamente não se deve julgar a maneira com que o outro ama.
Mas pensa comigo...

Quando se ama alguém se aprecia aquela companhia. Certo?!
Até ai tudo bem.

Mas e se, por exemplo, eu gosto de funk e ele de rock.
Ele odeia funk e eu odeio rock.
Logo, ou eu o “obrigo” a ir a um lugar ouvir as musicas que ele detesta, só pra me fazer uma companhia que nem de longe será agradável (sim, pq as pessoas se tornam insuportáveis quando fazem algo que não suportam), ou quem sabe eu deixe de fazer algo que eu quero ou de ouvir as musicas que eu gosto porque ele não acha legal, não me acompanha, e...e....e...
Tudo bem, eu não quero contrariá-lo, nem causar conflitos que acabam virando brigas...

Bah isso é amar?
Obrigar a pessoa que tu ama a fazer algo que ela não gosta?
Ou deixar de fazer o que você adora porque ela detesta?


Não dá pra uma vez ou outra lembrar-se de que cada um é um indivíduo redundantemente individual e talvez você até o ame pelo fato de em algumas coisas vocês serem tão diferentes.
É bom ter o que compartilhar, o que ensinar e aprender. As diferenças nos fazem evoluir a partir do momento em que temos que aprender a lidar e a conviver com elas.

Parece melhor aprender com o que o outro tem de diferente ou transforma-lo em uma cópia de você?
Não dá pra uma vez ou outra ir cada um pra um lado fazer o que gosta? Sem culpas, sem remorsos e sem frustrações.

E que grande é o peso de saber que aquilo que o outro está fazendo não lhe dá prazer. É simplesmente pra te agradar, ou pra poupar um escândalo seu que pode desgastar a relação.
Saber que ele está deixando de fazer coisas que são importantes pra ele só pra não criar um motivo de discussão.

Talvez um dia você se toque que poderia ser bom querer bem um alguém que é alguém, e não apenas que é o que você quer que ele seja.
Como você vai se sentir se um dia parar pra pensar em tudo o que a pessoa que você tanto ama se privou de fazer, de viver ou de sentir, simplesmente por você?

Ou então pelo outro lado pense em tudo o que você deixou de fazer porque quem te amava não gostava e não queria que você fizesse.

Salvo aqui aquelas coisas que fazem mal a saúde ou colocam o outro sob risco de morte.

Ama-se alguém por aquilo que ele é.
Amor não se impõe.

É bom ver que tu ajudou alguém a crescer, a se encontrar e ser mais feliz, assim como é bom chegar a uma conclusão conjunta de que algo é melhor ou pior.

Quando se ama não se deseja frustrações ao outro.
Não se mata o amado em doses homeopáticas de repressão
.
Hoje ele abre mão disso por você, amanhã abre mão daquilo.
Hoje ele não vai ao show daquela banda que ele adora porque você não quer sair.
Amanhã ele não fala mais com o amigo de infância porque você não conhece a pessoa.
Ai ele não come mais comida chinesa porque você não gosta e não quer ir ao restaurante.
Não visita o primo dele em outro estado porque você não vai com a cara dele.
Não aceita um emprego melhor porque terá que viajar e não ficará mais grudado a você.

Bah que amor neh?!!!

E o fofo ainda é capaz de dizer “Eu não ligo. Não me custa se é pra te ver feliz.”

Tu já leu O Pássaro Encantado de Rubem Alves?

Eu recomendo.


Bjuh da Lis
*

Um comentário:

  1. Assino embaixo. maas ameiii issoo >> "Não dá pra uma vez ou outra lembrar-se de que cada um é um indivíduo redundantemente individual e talvez você até o ame pelo fato de em algumas coisas vocês serem tão diferentes." ahhhh e o q tah em negrito tbm *-* tah tah se eu assinei embaixo eh pq concordo com cada palavra, cada pontuação,... :D e aproveitando nesse comentário tbm gostei do texto do Rubem (n conhecia O.o)

    bjs Senhorita Lis.

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